Suspensão da Torcida Jovem do Flamengo
O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos determinou, no dia 16 de outubro, a suspensão da Torcida Jovem do Flamengo de participar de qualquer evento esportivo por um período de dois anos. Essa decisão surge apenas duas semanas após o retorno da torcida aos estádios, após um afastamento que durou cinco anos. Clhysthom Thayllon, advogado da torcida, se pronunciou ao site MundoBola Flamengo e criticou a duração da punição, descrevendo-a como “exorbitante”.
Detalhes da Decisão Judicial
De acordo com o advogado, o BEPE (Boletim de Eventos e Publicações Esportivas) já havia informado sobre os acontecimentos ocorridos no dia 31 de agosto e solicitado uma suspensão de 30 dias. O Ministério Público, por sua vez, sugeriu um prazo de 60 dias. Apesar disso, a juíza Renata Guarino decidiu impor uma suspensão de dois anos, desconsiderando os pareceres e o histórico de cooperação da torcida. O advogado ressaltou que a juíza deu vistas ao BEPE, em seguida ao Ministério Público, e logo em seguida proferiu sua decisão, sem que a torcida ou os órgãos envolvidos tivessem a oportunidade de apresentar defesa.
Contexto da Nova Suspensão
A Torcida Jovem do Flamengo enfrenta uma nova suspensão apenas duas semanas após o retorno aos estádios, que ocorreu após um longo período de punição. A decisão da juíza também não homologou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que havia sido assinado em 28 de agosto com o Ministério Público e o BEPE. O TAC estabelecia regras para o retorno gradual da torcida aos eventos esportivos.
Segundo informações da Justiça, no dia do retorno ao Maracanã, torcedores da organizada invadiram os trilhos da Supervia e subiram no teto de ônibus na Ponte Rio-Niterói. A juíza ainda mencionou agressões a torcedores do Vasco da Gama em um bar localizado em Copacabana. Além disso, foram registrados outros incidentes em que a torcida estaria envolvida ou sob investigação, incluindo a morte de um torcedor vascaíno, que ainda está em apuração.
Reação da Torcida Jovem do Flamengo
Clhysthom Thayllon classificou a suspensão de dois anos como uma medida exagerada e destacou o histórico de colaboração da torcida. Ele afirmou que a diretoria sempre buscou auxiliar as autoridades e cumprir o TAC estabelecido para um retorno seguro aos estádios.
“A diretoria, por meio do corpo jurídico, constantemente tentou ajudar a sociedade a conter atos de vandalismo ou qualquer conduta que pudesse desabonar a torcida. Sempre mantivemos contato com as autoridades e buscamos auxiliar os órgãos públicos. Portanto, acreditamos que a decisão foi exorbitante e totalmente fora do contexto. A torcida se esforçou para cumprir o TAC, mas acabou sendo punida de forma muito mais severa do que o que foi solicitado pelos órgãos competentes”, disse o advogado.
Procedimentos Futuros
Os próximos passos já estão definidos pela torcida. O advogado Clhysthom Thayllon confirmou que a Torcida Jovem do Flamengo irá recorrer da decisão judicial e tentará reverter o prazo de suspensão imposto pela Justiça.
