Disputa entre Flamengo e Palmeiras
Na reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, discutiu a disputa com a Libra e respondeu a críticas feitas por Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Bap utilizou o exemplo do empréstimo da Crefisa ao Vasco para ilustrar a necessidade de transparência nas negociações que ocorrem no futebol brasileiro, além de abordar a agenda da mandatária palmeirense. No dia 8 de outubro, Leila respondeu a Bap, atacando novamente o Flamengo.
Resposta de Leila Pereira
Leila Pereira afirmou que sua agenda é voltada para defender os interesses do Palmeiras, sem a intenção de "asfixiar" os adversários. Essa declaração surgiu em resposta ao bloqueio de um rateio de R$ 77 milhões que deveria ser distribuído aos clubes da Libra, como resultado de uma ação judicial movida pelo Flamengo. Além disso, a presidente do Palmeiras utilizou a ocasião para criticar Bap sobre o "descumprimento e honra" de contratos já firmados.
"Eu tenho uma agenda muito clara. Afinal, todos sabem que defendo os interesses do Palmeiras sem tentar asfixiar os meus adversários, que trabalho arduamente pelo crescimento do futebol brasileiro e que honro todos os contratos assinados pelo clube, incluindo os das gestões anteriores", afirmou Leila.
Contratos e Questionamentos
Bap, por sua vez, lembrou que o Flamengo sempre reconheceu a assinatura dos contratos feitos por Rodolfo Landim. O que o clube questiona são os métodos e a falta de cumprimento dos acordos estabelecidos pela Libra.
Leila Pereira também rebatendeu as insinuações de Bap sobre uma possível compra do Vasco por parte da Crefisa. A presidente negou a informação, afirmando de forma irônica que "não está comprando nem o Vasco, nem a Netflix", referindo-se a uma declaração anterior do presidente do Flamengo sobre adquirir a plataforma de streaming.
Postura de Bap em Reunião
Bap abordou diretamente a postura de Leila Pereira durante a reunião, especialmente após as críticas contundentes à posição do Flamengo. Ele mencionou o empréstimo da Crefisa ao Vasco, que pode resultar no repasse de ações da SAF, como um exemplo de negociações que têm um impacto direto no cenário do futebol e que exigem total transparência.
Na visão de Bap, essas movimentações demonstram interesses próprios que precisam ser monitorados de perto. "Eu não tenho dúvida nenhuma que existe uma agenda muito clara. A gente está falando desse problema da Libra e a empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco. Quem aqui já pegou dinheiro com instituição financeira na vida?", questionou Bap.
Comparações com o Atlético-MG
O presidente do Flamengo fez uma comparação com o caso do Atlético-MG, onde empresários da família Menin realizaram movimentações semelhantes às de Leila Pereira. "Quem é que pede 19 e pouco por cento das ações da SAF se não puder ser pago? A última vez que isso aconteceu no Brasil, os Menin compraram o Atlético. Cresceram uma dívida que era necessária, chegou uma hora e eles executaram", comentou Bap.
Importância da Transparência
Bap reiterou a importância da transparência e da fiscalização dessas operações dentro do contexto do Fair Play Financeiro no Brasil. Ele enfatizou que, além de agir com integridade, uma empresa deve demonstrar essa integridade publicamente. "Eu acho absolutamente estranho esse tipo de coisa e isso devia estar sendo questionado por uma razão: a gente está falando de Fair Play Financeiro hoje em dia no Brasil, certo? A mulher de César não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta também. Existe uma agenda, eu não tenho a menor dúvida que tem, mas qual é a agenda o tempo vai dizer", avaliou o presidente rubro-negro.
Modelo de Venda de Direitos
Sobre a Libra, Bap afirmou que o Flamengo está se preparando para um modelo que venda diretamente os direitos ao torcedor. Ele ressaltou que essa mudança está alinhada com tendências globais e fortalece as iniciativas próprias do clube. Além disso, Bap reforçou que o Flamengo não irá se retirar do bloco da Libra.
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