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Flamengo x Libra: Bap rejeita acordo e responde ao ‘descontrole’ dos adversários.

por Robson Caitano
Flamengo x Libra: Bap rejeita acordo e responde ao 'descontrole' dos adversários.

Flamengo e a Disputa Judicial com a Libra

O presidente do Flamengo, Bap, reafirmou que o clube não irá recuar na disputa judicial com a Libra, entidade responsável pela divisão da verba de audiência do Campeonato Brasileiro. O mandatário rubro-negro enfatiza que o Flamengo busca o cumprimento do estatuto da Libra e não abrirá mão do debate sobre os critérios de divisão de receita. Além disso, ele rebateu as acusações que afirmam que o clube está asfixiando financeiramente os clubes menores.

Defesa dos Interesses do Flamengo

Durante o III Fórum Empreendedor do Rio, realizado na quinta-feira (9), Bap declarou: "O Flamengo está apenas defendendo aquilo que era princípio basilar da fundação da Libra. Não existe novidade. A visão do Flamengo é muito clara: 70% do dinheiro é dividido com base em critérios comuns, e os outros 30% reconhecem o tamanho de cada clube. O Flamengo não vai aceitar redutores conceituais, sociais ou filosóficos nessa parte."

A controvérsia gira em torno dos 30% da verba de audiência, que devem reconhecer o peso econômico de cada clube. O estatuto da Libra estabelece que qualquer modificação na fórmula de rateio precisa da aprovação unânime, mas essa cláusula não foi cumprida. O bloco que defende a posição oposta afirma que o Flamengo concordou com o modelo ao assinar o estatuto. Em contrapartida, o clube argumenta que o documento não estabelece critérios claros para a divisão da receita, já que não há uma confirmação sobre o peso de cada plataforma de transmissão, como TV aberta, TV fechada e pay-per-view, para alcançar o número final de audiência.

Detalhes da Discussão

Bap continuou a explicar que não se pode falar em "levantar bandeira branca" na discussão. Ele destacou que o Flamengo discutiu os critérios por seis meses e que a posição do clube é clara: "70% do dinheiro está sendo dividido como todos achavam que devia, com conceitos europeus, e os outros 30% reconhecem o tamanho de cada clube. O Flamengo não vai aceitar que nesses 30% exista qualquer redutor conceitual, social ou filosófico. Qualquer redutor já está embutido nos outros 70%."

O presidente do Flamengo também anunciou que o clube levará o caso para a Corte Arbitral, que decidirá sobre o mérito da questão. Ele ressaltou que essa ação está prevista no estatuto da Libra em caso de desacordo judicial, afirmando que não se trata de um capricho, mas sim do único mecanismo disponível para garantir os direitos do clube.

Próximas Etapas

"Vamos para a arbitragem. Tentamos por oito meses chegar a um acordo. O próximo passo é a Justiça. A arbitragem vai decidir como será, e todos nós teremos que conviver com a decisão, o que também está previsto estatuariamente", comentou Bap, que também se referiu à escolha pela Justiça do Rio de Janeiro: "O Flamengo não escolheu o Foro do Rio de Janeiro porque está no Rio. Eu não participei disso, mas foi decidido em comum acordo. Se fosse no Amapá, não mudaria a decisão; eu entraria com o pedido da liminar no Amapá ou onde quer que seja. Não existe um bairrismo por parte do Flamengo."

Repercussão entre os Clubes

A postura firme do Flamengo tem gerado incômodo em outros clubes, especialmente no Palmeiras, que acusam o Rubro-Negro de estar "asfixiando" financeiramente os demais participantes da Libra para conseguir um acordo. Bap rebateu essas acusações, afirmando que o clube não está criando regras, mas sim exercendo direitos garantidos no estatuto.

"Quando se criou a Libra, a preocupação do Flamengo era perder dinheiro. Por isso foi inserido o direito de veto, que se traduz na unanimidade. O Flamengo está exercendo um direito que foi estabelecido lá atrás. O que é combinado não é caro. A revolta de alguns clubes, ou o destempero, porque o Flamengo está defendendo o seu espaço, me parece surpreendente", declarou o presidente.

Considerações Finais

Bap também refutou a narrativa de que o Flamengo estaria prejudicando clubes menores. Ele garantiu que não há intenção de afetar negativamente ninguém, mas apenas de garantir os direitos do clube: "Há 13 anos, a gente não tinha dinheiro para comprar lâmpada nem papel higiênico. Ninguém mandou vale-ajuda para o Flamengo. Não existe esse espírito de coirmandade. Se você construir um conceito de liga, seja por meio da Libra ou da Liga Forte, pode ser que a gente entenda que algumas coisas fora de campo deveriam colaborar e não competir. Mas isso pressupõe amadurecimento e uma relação diferente entre os clubes."

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