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Pressão seletiva? Palmeiras se queixa agora, mas foi o clube que mais criticou a arbitragem nos últimos anos.

por Robson Caitano
Pressão seletiva? Palmeiras se queixa agora, mas foi o clube que mais criticou a arbitragem nos últimos anos.

Críticas à Arbitragem Após Derrota do Palmeiras

O Palmeiras voltou a abordar o tema da arbitragem após a derrota por 3 a 2 para o Flamengo, ocorrida neste domingo (19), no Maracanã. O diretor de futebol do clube, Anderson Barros, fez críticas às declarações de Filipe Luís e José Boto, afirmando que o Flamengo está fazendo “acusações inaceitáveis”. Esse tipo de discurso gerou estranheza entre os torcedores rubro-negros, uma vez que o Palmeiras é reconhecido por sua longa história de pressão pública sobre a arbitragem.

Declarações de Anderson Barros

“Pelo bem do futebol brasileiro, essa pressão precisa acabar! O que vivemos nos últimos dias foi muito grave e requer uma reflexão de todos. É inaceitável que o Filipe Luís e o Boto sigam fazendo acusações contra o Palmeiras, ainda mais depois de um jogo em que houve erros da arbitragem que favoreceram o Flamengo”, declarou Barros.

Além disso, o dirigente classificou como “falta de ética” o posicionamento do treinador do Flamengo e fez críticas diretas a Boto, acusando-o de mentir após o jogo do primeiro turno, quando ele relatou uma tentativa de invasão de dirigentes palmeirenses ao vestiário da arbitragem no Allianz Parque.

“Respeito o Filipe Luís pela trajetória que construiu como atleta e que agora vem desenvolvendo como treinador, mas é falta de ética falar de outro clube da maneira como ele falou. Quanto às declarações do Boto, elas não me surpreendem. Basta nos lembrarmos da mentira que ele contou na zona mista do Allianz Parque”, completou.

Hipocrisia no Discurso do Palmeiras

O pedido de Anderson Barros para que a pressão sobre a arbitragem chegue ao fim contrasta com a postura adotada pelo Palmeiras nos últimos anos. Desde a chegada do treinador Abel Ferreira, em 2020, o clube protagonizou uma série de episódios de contestação pública contra juízes, VAR e a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Histórico de Reclamações

Em 2021, após perder a Supercopa do Brasil para o Flamengo, Abel Ferreira criticou duramente o árbitro Leandro Vuaden, afirmando que “duas grandes equipes mereciam um árbitro do mesmo nível”. O técnico português foi expulso naquela partida devido a suas reclamações e, desde então, acumulou uma quantidade significativa de cartões.

As críticas ao trabalho da arbitragem se intensificaram em 2022 e 2023. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, classificou a arbitragem como "criminosa" na eliminação do clube para o São Paulo na Copa do Brasil. No ano seguinte, ela defendeu o auxiliar João Martins, que declarou que “o sistema não deixaria o Palmeiras ganhar”.

Leila declarou que o clube estaria sendo vítima de erros “absurdos” e prometeu “reclamar, reclamar e reclamar”. Em 2024, após mais uma eliminação para o Flamengo na Copa do Brasil, Leila voltou a criticar a arbitragem, chamando a atuação do juiz de “obscena”.

Continuidade das Críticas

Até mesmo em 2025, o tom das críticas não mudou. Em julho desse ano, Abel Ferreira voltou a criticar o VAR, afirmando que o futebol brasileiro “trabalha com ferramentas do século passado”, após uma derrota para o Corinthians.

A sucessão de episódios revela um padrão que contrasta com o discurso atual do clube. O mesmo Palmeiras que durante anos falou em “sistema”, “perseguição” e “vergonha” na arbitragem agora se coloca como vítima de uma suposta pressão, curiosamente, após uma derrota em que o rival rebateu suas queixas.

Declarações de Filipe Luís e José Boto

Filipe Luís comentou sobre a arbitragem: “O momento da substituição foi um erro mais nosso, de comunicação, do que do árbitro. Não sinto que alguma equipe foi prejudicada pela arbitragem. E, convenhamos, se tem alguém que não pode reclamar de arbitragem é o Palmeiras. Então, justo o resultado.”

Por sua vez, José Boto afirmou: “Uma arbitragem sem casos. Não foi a melhor arbitragem, houve muita falta que não nos deu e deveria ter dado. Três ou quatro faltas sobre o Arrascaeta, feitas quase sempre pelo mesmo jogador e sem cartão. Agora, em termos de casos que não houve, se alguém está a reclamar é porque não está habituado a não ser ajudado.”

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