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Análise Tática – Estudiantes 2×0 Flamengo: A Falta de Espirito na Libertadores

por Robson Caitano
Análise Tática - Estudiantes 2x0 Flamengo: A Falta de Espirito na Libertadores

Flamengo é derrotado, mas avança nas penalidades

Em uma atuação considerada insatisfatória no Estádio Jorge Luis Hirschi, localizado em La Plata, o Flamengo foi derrotado pelo Estudiantes por 1 a 0. Apesar do revés no tempo regulamentar, o clube carioca garantiu a classificação para a semifinal da Copa Libertadores ao vencer a disputa de pênaltis.

A conquista da vaga foi marcada por tensão e emoção, mas a performance do time acende um alerta significativo para os próximos desafios na busca pelo tetracampeonato.

Escalação ideal não correspondeu em campo

Desde o apito inicial, o que se viu foi um cenário desfavorável para o Flamengo. O Estudiantes, impulsionado por uma torcida vibrante, transformou a partida em um verdadeiro embate de intensidade e imposição física. Por sua vez, o Flamengo entrou em campo com uma rotação aquém do esperado.

Filipe Luís escalou o que muitos consideram ser o "11 ideal". A torcida do Flamengo celebrou a formação antes do início da partida. Contudo, a equipe apresentou um comportamento tímido, demonstrando mais preocupação em neutralizar a pressão inicial do adversário do que em desenvolver seu próprio jogo.

O resultado foi um primeiro tempo marcado pela falta de inspiração. Coletivamente, as jogadas não fluíram como esperado. As triangulações pelas laterais foram raras e a transição entre defesa e ataque mostrou-se lenta e previsível. Individualmente, as principais referências do Flamengo estiveram apagadas.

Arrascaeta não conseguiu encontrar espaços para atuar, Pedro foi pouco acionado e, quando teve uma oportunidade em um dos raros lances bem construídos aos 11 minutos, parou na defesa adversária. Jorginho, quase isolado na criação, apresentou uma série de erros de passes incomuns, sobrecarregado pela falta de movimentação dos companheiros.

A impressão era de que apenas Saúl estava plenamente consciente da importância do jogo. Aos 32 minutos, o jogador espanhol acertou um chute que encontrou a trave. Dez minutos mais tarde, novamente arriscou de fora da área, mas sem sucesso.

No entanto, o castigo chegou aos 44 minutos. O Estudiantes adotou a bola longa como estratégia de jogo e venceu a maioria dos duelos aéreos. Em uma dessas disputas, a bola sobrou para Benedetti, que disparou um forte chute. O goleiro Rossi acabou reagindo tarde e o time argentino conseguiu marcar, revertendo a vantagem do Flamengo.

Apatia do Flamengo persiste no segundo tempo

A expectativa de uma mudança de postura do Flamengo no segundo tempo não se concretizou. Ao contrário, a equipe continuou a apresentar um desempenho apático. Com 71% de posse de bola durante essa etapa, o Rubro-Negro teve controle territorial, mas não soube como utilizá-lo de maneira eficaz. A posse se mostrou estéril, caracterizada por passes laterais e uma grande dificuldade em superar o bem organizado sistema defensivo argentino.

Filipe Luís tentou alterar o cenário ao promover as entradas de Luiz Araújo e Bruno Henrique, e posteriormente, apostou em Carrascal na vaga de um Arrascaeta que foi ineficaz. As alterações, no entanto, tiveram pouco impacto. Carrascal trouxe um pouco mais de mobilidade, mas a equipe seguia sem conseguir finalizar com eficiência no terço final do campo.

Um grande susto ocorreu aos 27 minutos, quando Benedetti fez o que seria o segundo gol do Estudiantes, o que eliminaria o Flamengo da competição. Para alívio da torcida rubro-negra, o VAR identificou um impedimento no início da jogada. Contudo, o lance expôs a vulnerabilidade defensiva da equipe nas disputas aéreas.

A estrela de Rossi brilha nas penalidades

Se o tempo regulamentar foi complicado, a disputa de pênaltis marcou um momento de superação para o Flamengo. Com uma precisão notável, Jorginho, Luiz Araújo, Carrascal e Léo Pereira converteram suas cobranças com perfeição.

Entretanto, a noite estava reservada para Agustín Rossi. O goleiro, que havia sido alvo de críticas pela falha no gol, tornou-se o herói da noite. Primeiro, defendeu a cobrança de Benedetti, o autor do gol do Estudiantes. Depois, no pênalti decisivo, Rossi voou para impedir o chute de Ascacíbar. O grito de desabafo e a celebração explosiva do goleiro argentino simbolizaram a reviravolta que apenas o futebol pode proporcionar.

O Flamengo conseguiu assim avançar para a semifinal. A classificação foi garantida, em parte, pela vantagem construída no jogo de ida no Maracanã e pela eficiência demonstrada nas cobranças de pênaltis. No entanto, o clube deixa La Plata ciente de que a atuação esteve muito abaixo do que se esperava.

Os confrontos contra o Racing prometem ser ainda mais desafiadores. Se a postura apresentada nesta quinta-feira se repetir, o Rubro-Negro poderá enfrentar problemas ainda maiores. Contudo, há muitas lições a serem aprendidas para os próximos desafios na semifinal.

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