Debate sobre a Economia do Futebol no Rio de Janeiro
Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, participou de um debate que abordou a influência do futebol na economia do Rio de Janeiro. O evento foi organizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro e ocorreu no Fórum Rio Empreendedor na manhã desta quinta-feira, dia 9 de outubro. No entanto, o tema que dominou as conversas na zona mista foi a Libra, que é a liga de clubes de futebol do Brasil.
Flamengo em Foco nas Discussões da Libra
O Flamengo se posiciona como um dos principais clubes envolvidos nas discussões sobre a Libra, e os jornalistas presentes não hesitaram em questionar Bap sobre a situação atual. O MundoBola Flamengo esteve presente para registrar as declarações do atual presidente do clube.
Um dos tópicos centrais da discussão foi a relação com Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Embora Bap não tenha mencionado o nome dela diretamente, ele se referiu a uma figura que tem demonstrado aversão ao Flamengo e à sua gestão. Durante suas declarações, Bap trouxe à tona a postura de Leila, que se coloca como defensora da união entre os clubes, mas que, segundo ele, age de maneira contraditória em reuniões.
Declarações de Bap sobre a Postura de Leila Pereira
Leila Pereira, em suas declarações, expressou a ideia de uma liga que não contasse com a participação do Flamengo. Bap, por sua vez, revelou que, em momentos críticos de discussão sobre os interesses do Rubro-Negro, uma pessoa teria se retirado da reunião. Sem citar Leila, ele afirmou que todos conhecem a quem ele se refere.
"Na hora da discussão do seu assunto, a pessoa que posa de boazinha, generosa, inclusiva, levanta e vai embora da reunião, e diz: ‘Olha, eu vou embora, e meu voto é contra o Flamengo’. Quem bate, esquece, quem apanha, não esquece nunca. É isso que a gente tem que dizer para o torcedor médio. Isso é da vida. É parecido com a tua família, a minha, com a de todo mundo. Gentileza gera gentileza. Grosseria não gera gentileza. Todo mundo sabe quem foi", declarou Bap.
Críticas à Colaboração nas Reuniões da Libra
Bap desmentiu a ideia de um espírito colaborativo nas reuniões da Libra, reiterando a atitude de Leila Pereira. A reunião mencionada ocorreu no dia 16 de maio e terminou sem um consenso. O Flamengo afirmou que se reuniria individualmente com os outros clubes, mas eles decidiram a divisão dos valores sem a participação do clube, o que levou à necessidade de ação judicial e ao bloqueio de pagamentos determinado por uma liminar obtida pelo Flamengo.
O presidente do Flamengo afirmou que o conceito de coletividade só existe nas declarações públicas de outros dirigentes, e a realidade das reuniões é muito diferente. Ele fez referência ao comportamento de Leila Pereira, que se retirou da reunião em um momento crucial.
"Não existe esse espírito de colaboração. De coirmandade entre os clubes. Se você construir um conceito de Liga, seja pela Libra ou LFF, pode ser que a gente entenda que, algumas coisas fora de campo, a gente devia colaborar. Mas isso pressupõe amadurecimento, um comportamento diferente, uma colaboração diferente entre os clubes. Alguém que está me ouvindo faz negócio com quem não conhece? Não. Por que no futebol isso aconteceria? Você tem uma discussão super acalorada durante três horas. Você está dizendo, ‘você está levando mais dinheiro de mim do que deveria levar’. O outro dizendo, ‘não estou, vamos votar. Dane-se, vou embora antes do fim da reunião’", reiterou Bap.
Superficialidade nas Reuniões da Libra
Para organizar um campeonato, é necessário discutir uma série de questões, incluindo arbitragem e outros aspectos fundamentais. No entanto, Bap considera que as reuniões têm se mostrado embrionárias e, segundo ele, as conversas giram em torno da divisão de dinheiro. Ele classificou as discussões sobre a Libra como ‘conceituais’, criticando a maneira como os clubes têm conduzido esses encontros.
"Não houve essa parte da proposta das mudanças. O assunto não entra em pauta. Estamos há nove meses discutindo o dinheiro que o Flamengo cede aos outros. E que acho que está errado pelo critério. Não é assim, o que você vai querer de sobremesa? Eu quero filé com fritas. O que quer beber? Quero filé com fritas. Vai ficar aqui até tarde, comer uma entrada? Eu quero filé com fritas. O resto, simplesmente, não é discutido. Para você que é torcedor, para a imprensa em geral, a conversa sobre a Liga é parecida com a que estou tendo com vocês aqui: ela tem um palmo de profundidade. É só uma conversa conceitual", enfatizou Bap.
Comparação com o Clube dos 13
Bap também fez uma comparação entre a organização atual da Libra e a do Clube dos 13. "Se você não discute absolutamente nada, o que vai vir daí? Nada. É uma autocrítica, eu me incluo nisso. Os clubes reclamam da CBF, mas o que a gente faz, de fato, de proposta concreta? Nada. Ser pedra é mais fácil que ser vidraça. Dentro da Libra, não há nenhuma discussão sobre absolutamente nada, que não seja divisão de dinheiro. Qual a diferença disso para o Clube dos 13 de 87? Nenhuma. Só estamos mais velhos, discutindo os mesmos problemas. Que o torcedor não se iluda. Essa história de que o Flamengo está asfixiando alguém, há 13 anos, a gente não tinha dinheiro para trocar uma lâmpada", concluiu.
As Declarações de Leila Pereira
Durante o desenrolar da disputa na Libra, Leila Pereira fez várias referências ao Flamengo. Ela adota um discurso que se diz socialista, afirmando defender o que é melhor para o futebol brasileiro. No entanto, as explicações de Bap indicam que esse discurso se mostra apenas eficaz na construção de uma opinião pública favorável, não refletindo a realidade das discussões nas reuniões da Libra. Bap sugere que Leila não busca igualdade, mas sim uma posição em que o Flamengo esteja menos distante do Palmeiras.
“Não tem os terraplanistas, que acreditam que a Terra é plana? Agora tem os ‘terraflanistas’, que acreditam que o sistema solar gira ao redor do Flamengo. Não é assim, gente", afirmou Leila em uma de suas declarações mais recentes sobre o Flamengo.
Ela também mencionou que é impossível dialogar com a gestão de Bap, esquecendo-se, segundo o presidente do Flamengo, de quem realmente se retirou da reunião antes do término. Leila idealizou a exclusão do Flamengo do acordo. "Com determinadas pessoas é impossível o diálogo. A questão não é com a instituição Flamengo, um grande clube, com grande torcida. O problema é com a atual gestão. Se um clube se acha maior que o futebol brasileiro, tem que jogar sozinho, contra o sub-20, contra ele mesmo. Quero ver a audiência", disse.
A disputa nos bastidores parece longe de uma resolução, mas é evidente que as discussões têm como foco o lucro, como destacou Bap. A concretização da Liga envolvendo Flamengo, Palmeiras e os demais clubes ainda apresenta muitos desafios a serem superados.
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