Impasse entre Flamengo e Libra
O Flamengo enfrenta um impasse significativo com a Libra, uma situação que não é mais segredo para ninguém no cenário do futebol brasileiro. O presidente Luiz Eduardo Baptista expressa insatisfação com o contrato firmado pela gestão anterior, liderada por Rodolfo Landim, e busca melhores condições. No entanto, a diretoria não encontra apoio suficiente entre os demais clubes do grupo, o que pode levar a uma solução judicial.
Temor de Litígio
Segundo informações do site "Máquina do Esporte", já existe um receio entre os dirigentes do bloco de que a questão chegue à Justiça. Tal desdobramento representaria um golpe considerável nas aspirações de consolidar um grupo único para a liga brasileira em um futuro próximo. O cenário atual levanta preocupações sobre a viabilidade da união dos clubes, que é fundamental para fortalecer a liga.
Negociações em Andamento
Ainda de acordo com a mesma fonte, o Memorando de Entendimento (MOU) está em discussão, com o objetivo de alinhar os interesses dos dois blocos, Libra e LFU. No entanto, essa proposta ainda não é considerada próxima de um consenso, e a insatisfação do Flamengo em relação aos valores acordados se soma a essa dificuldade nas negociações.
Motivos do Impasse
O contrato assinado por Rodolfo Landim com a Globo, que entrou em vigor em 2024, tem validade até o final de 2029. Ao assumir a presidência, Baptista identificou que o acordo resultaria em uma perda estimada de aproximadamente R$ 100 milhões por temporada para o Flamengo, em comparação com os valores recebidos até 2024.
A estrutura de divisão dos direitos de transmissão é composta por 40% de forma igualitária entre os clubes, 30% com base no desempenho esportivo e 30% considerando a audiência. O Flamengo começou a questionar o critério de audiência, uma vez que isso pode gerar prejuízos financeiros. O clube busca um ajuste que permita arrecadar cerca de R$ 23 milhões a mais no contrato, a fim de equilibrar os números.
Crítica à Divisão de Pay-Per-View
A crítica do Flamengo se concentra na divisão do pay-per-view, onde ambos os times que participam de uma partida recebem a mesma cota de audiência, independentemente da popularidade ou do número de torcedores de cada clube. Por exemplo, em um jogo entre Flamengo e Red Bull Bragantino, o Flamengo argumenta que a disparidade na quantidade de torcedores deveria ser considerada na divisão dos recursos.
Entretanto, os clubes que integram a Libra rejeitam essa proposta, pois a alteração implicaria em uma redução dos valores que receberiam. No dia 26 de agosto, uma assembleia foi realizada para discutir a redistribuição da receita, mas a ideia do Flamengo não foi aceita. A justificativa dos demais clubes é clara: a mudança significaria que outros times teriam que abrir mão de parte do dinheiro, algo que não desejam.
A Preocupação com a Justiça
Com a falta de um acordo, cresce a preocupação de que o Flamengo recorra à Justiça para resolver a questão. Atualmente, um consenso parece distante, e a proposta de rediscutir o assunto em 2026 foi apresentada por alguns dirigentes durante a última reunião. No entanto, o impasse permanece, e as consequências dessa situação podem ser significativas para o futuro financeiro e organizacional do Flamengo e dos demais clubes envolvidos na Libra.