Luiz Eduardo Baptista e a Presidência do Flamengo
Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, assumiu a presidência do Flamengo com uma proposta pautada na cautela e na busca por novas fontes de receita. Desde que iniciou seu mandato, BAP tem demonstrado um alinhamento com essas promessas, desfazendo planos arriscados que pertenciam à gestão anterior, especialmente no que diz respeito ao estádio, e buscando recuperar parte dos valores que a administração de Rodolfo Landim deixou de lado no acordo com a Libra.
Preocupações com a Nova Estratégia
Entretanto, uma recente decisão da atual gestão do clube levanta sérias preocupações entre os torcedores e especialistas. A aposta na venda de transmissões de jogos diretamente pela TV do Flamengo, eliminando intermediários, pode ser um grande erro. Essa estratégia reflete a experiência negativa da Lei do Mandante, que já causou prejuízos ao Flamengo no passado e remete à implosão do Campeonato Carioca.
A Lição do Passado
Anteriormente, o Flamengo já havia tentado uma abordagem semelhante, lançando uma plataforma própria de pay-per-view durante o Campeonato Carioca. O resultado daquela tentativa foi desastroso: o clube cedeu metade de suas partidas para os adversários, e o Estadual perdeu sua premiação em dinheiro, o que gerou um impacto financeiro negativo.
As transmissões, na ocasião, se tornaram problemáticas, variando entre serviços de streaming obscuros e canais de baixa qualidade, o que prejudicou ainda mais a imagem do clube junto aos torcedores e parceiros.
Atualmente, em meio às negociações com a Libra, BAP insiste que o futuro do Flamengo está na Flamengo TV. A intenção é transformar o canal institucional em uma fonte de receita limpa, sem a necessidade de dividir lucros com emissoras tradicionais.
Desafios da TV Própria
Entretanto, essa abordagem, embora pareça promissora à primeira vista, ignora a complexidade envolvida no negócio de transmissão de jogos. Operar uma TV requer uma estrutura robusta e um know-how que um clube de futebol, como o Flamengo, não possui e, em muitos aspectos, não deveria ter.
A economia capitalista global é fundamentada na especialização, onde cada entidade se concentra em sua expertise para otimizar a cadeia produtiva e, portanto, a expectativa de que um clube de futebol possa se destacar no setor de transmissões pode ser um equívoco. A aposta de BAP, por mais arrojada que seja, expõe o Flamengo a riscos catastróficos, considerando a história recente do clube com o pay-per-view, que já demonstrou ser uma estratégia perigosa e ineficiente.
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Opinião do Colunista
Renato Veltri, advogado e colunista do MundoBola, expressa suas preocupações sobre a nova estratégia de BAP. Ele é um torcedor crítico do Flamengo e levanta questionamentos sobre a viabilidade da aposta na Flamengo TV. Veltri se pergunta se a história pode se repetir ou se, desta vez, o clube conseguirá alcançar o sucesso almejado.
A reflexão sobre a estratégia de transmissão de jogos do Flamengo é um tema que certamente continuará a ser debatido entre torcedores, analistas e especialistas no setor. A atenção se volta agora para os próximos passos da gestão de BAP e como eles irão impactar o futuro do clube nas competições e na relação com seus torcedores.