Revolta do Flamengo após jogo no Maracanã
Na última quinta-feira, dia 18, o Flamengo deixou o gramado do Maracanã visivelmente insatisfeito após a partida contra o Estudiantes, resultado que foi diretamente influenciado pela atuação da arbitragem. Um dos lances que gerou maior indignação foi a expulsão de Gonzalo Plata, medida que o clube rubro-negro pretende contestar, embasando-se em um precedente favorável.
Desempenho inicial do Flamengo
O jogo teve um início promissor para o Flamengo, que rapidamente conseguiu abrir uma vantagem de 2 a 0 em apenas oito minutos. Durante o primeiro tempo, a equipe rubro-negra dominou a partida, mostrando um futebol intenso e competitivo. Contudo, a atuação do árbitro colombiano Andrés Rojas começou a frustrar os jogadores e a torcida, à medida que ele interrompia o fluxo do jogo e aplicava cartões de forma questionável.
Polêmica na arbitragem
No segundo tempo, a situação se agravou, com o Flamengo enfrentando uma enxurrada de cartões. O time percebeu que seus jogadores estavam sendo tratados com desconsideração em campo. Um lance polêmico ocorreu quando Samuel Lino teve um pênalti não marcado a seu favor. Além disso, Saúl e Bruno Henrique receberam cartões amarelos, e Gonzalo Plata foi expulso injustamente em uma jogada onde, na verdade, ele sofreu a falta.
Após o apito final, jogadores como Samuel Lino e Varela expressaram claramente o descontentamento do Flamengo em relação à arbitragem. O diretor-técnico José Boto usou termos contundentes e assegurou que o clube buscaria seus direitos junto à Conmebol. Filipe Luís, em coletiva de imprensa, também demonstrou grande irritação com a situação.
Precedente histórico para contestação da expulsão
Na tentativa de reverter a expulsão de Gonzalo Plata, o Flamengo conta com um argumento importante: um precedente na história da Libertadores que possibilita a anulação de cartões vermelhos. O clube se baseia em um episódio ocorrido em 2018, durante a fase de quartas de final da competição.
Naquela ocasião, o ex-zagueiro Dedé, jogando pelo Cruzeiro, foi expulso em um confronto contra o Boca Juniors. O time mineiro havia avançado naquela fase após eliminar o próprio Flamengo, em uma partida que contou com um gol do jogador Arrascaeta. A decisão do árbitro paraguaio Éber Aquino gerou controvérsia, pois Dedé foi expulso após um choque acidental com o goleiro Andrada, aos 31 minutos do segundo tempo.
O árbitro de vídeo sinalizou a necessidade de revisão da jogada, levando Éber Aquino a tomar a decisão de expulsar Dedé, que posteriormente foi considerada um erro evidente. O Cruzeiro, insatisfeito com a situação, apresentou uma reclamação formal à Conmebol, que incluiu a presença física de representantes do clube na sede da entidade, localizada no Paraguai.
Resposta da Conmebol e resultado da reclamação
Além disso, o então presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, enviou um ofício à Conmebol, explicando que situações de choque como a que resultou na expulsão de Dedé não deveriam levar à punição. As reclamações do Cruzeiro foram atendidas, e a Conmebol decidiu retirar a punição por meio do Tribunal Disciplinar. Dedé pôde, assim, participar normalmente da partida de volta, embora o Cruzeiro tenha sido eliminado da competição em seguida.
Atualmente, o Flamengo espera conseguir um resultado similar, com a expectativa de que Gonzalo Plata possa voltar a atuar, mas, desta vez, com a classificação garantida em campo.
Próximos desafios do Flamengo
Enquanto o clube se empenha na busca por seus direitos, o Flamengo já tem o jogo da volta contra o Estudiantes agendado para a próxima quinta-feira. Antes disso, o time enfrentará um importante clássico contra o Vasco, válido pelo Campeonato Brasileiro, que está marcado para este domingo. A partida ocorrerá novamente no Maracanã, com início programado para às 17h30, no horário de Brasília.