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Segundo maior artilheiro do Flamengo: a história de Dida

by Robson Caitano
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Edvaldo Alves de Santa Rosa, eternamente conhecido como Dida, é o nome que ecoa com orgulho nas arquibancadas da Gávea. Reconhecido como o segundo maior artilheiro da história do Flamengo, Dida fez história ao marcar 264 gols em 358 jogos com o Manto Sagrado, sendo superado apenas pelo eterno Zico. Sua trajetória no futebol é marcada por talento, carisma e feitos inesquecíveis que moldaram o DNA vitorioso do clube rubro-negro.

Da infância em Maceió ao estrelato no Flamengo

Dida nasceu em 26 de março de 1934, em Maceió, Alagoas, onde iniciou sua carreira esportiva no Centro Sportivo Alagoano (CSA). Seu talento era evidente desde cedo: um jogador de técnica refinada, visão de jogo impressionante e um chute potente. Não demorou para chamar a atenção dos grandes clubes do país. Em 1954, o Flamengo o contratou após um período de avaliação, enxergando no jovem alagoano um potencial fora do comum.

Ainda em fase de adaptação, Dida começou a mostrar serviço já no ano seguinte. Em 1955, firmou-se como titular absoluto e foi protagonista no campeonato carioca de 1955, Seu desempenho foi impressionante, sendo decisivo na final contra o America, quando balançou as redes quatro vezes. A partir desse momento, Dida ganhou o carinho eterno da torcida e se consolidou como um dos grandes nomes do futebol brasileiro.

Dida, o segundo maior artilheiro do Flamengo

O período em que Dida atuou pelo Flamengo, entre 1954 e 1963, foi repleto de conquistas e atuações memoráveis. O camisa 10 encantava os torcedores com sua elegância em campo, inteligência tática e incrível capacidade de decidir partidas. Com 264 gols marcados, ele se tornou o segundo maior artilheiro da história do clube — um feito que resistiu ao tempo e ainda hoje é celebrado pelos rubro-negros.

Entre os títulos conquistados por Dida no Flamengo estão três Campeonatos Cariocas (1954, 1955 e 1963), além do importante Torneio Rio-São Paulo de 1961, que reunia as principais forças do futebol nacional da época. Também participou da conquista do Torneio Início de 1959 e da Tala dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo 1955. Sua performance em clássicos e partidas decisivas ajudou a construir a aura de respeito que o Flamengo carrega até hoje.

Influência em gerações futuras

O legado de Dida vai além das estatísticas. Ele inspirou ídolos que viriam depois dele, incluindo Zico, que declarou diversas vezes que Dida era seu maior ídolo na infância. A admiração era tanta que Zico herdou o número 10 e levou consigo o espírito vencedor e a garra do atacante alagoano, elevando ainda mais o prestígio da posição e a responsabilidade que ela carrega dentro do clube.

Contribuição à Seleção Brasileira

Dida também teve sua participação na Seleção Brasileira, sendo convocado para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Apesar de não ter sido titular durante toda a competição, teve a honra de atuar na estreia contra a Áustria, contribuindo com sua experiência e talento em um grupo que viria a se sagrar campeão mundial.

Fim de carreira e passagem internacional

Depois de uma década defendendo o Flamengo, Dida transferiu-se para a Portuguesa de Desportos em 1964, onde jogou por duas temporadas. Posteriormente, teve uma curta passagem pelo futebol colombiano, atuando pelo Junior Barranquilla, onde encerrou sua carreira em 1968. Mesmo fora do Brasil, sua habilidade com a bola encantou os torcedores e deixou sua marca.

Últimos anos e legado eterno

Dida faleceu em 17 de setembro de 2002, aos 68 anos, vítima de insuficiência cardíaca e respiratória. Seu falecimento comoveu o universo esportivo e, principalmente, a Nação Rubro-Negra, que perdeu um de seus maiores ídolos. Seu legado, no entanto, permanece vivo — seja nas homenagens prestadas pelo clube, como mosaicos em sua memória, seja na lembrança afetiva de milhares de torcedores que presenciaram seus gols e dribles mágicos.

Hoje, Dida é reverenciado como um dos maiores nomes da história do clube. Sua presença continua forte em livros, reportagens, cânticos de arquibancada e nas conversas entre gerações de rubro-negros que reverenciam o camisa 10 como símbolo de uma era dourada do futebol carioca.

Considerações finais

A biografia de Dida, o segundo maior artilheiro da história do Flamengo, é uma verdadeira aula de amor ao futebol. Ele foi mais que um atacante, foi um artista em campo. Ídolo de ídolos, símbolo de uma época e eterno no coração da torcida, Dida representa o que há de mais puro na paixão pelo Flamengo. Seu nome, seus gols e suas glórias estarão para sempre gravados na memória do clube mais popular do Brasil.


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