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Um confronto e três desafios: o Estudiantes, a arbitragem e nossas próprias mudanças táticas.

por Robson Caitano
Um confronto e três desafios: o Estudiantes, a arbitragem e nossas próprias mudanças táticas.

O início promissor

Foram apenas 10 minutos de sonho. No momento da saída de bola, Pedro abriu o placar. Com apenas oito minutos de jogo, Varela havia feito o segundo gol, e a atmosfera no Maracanã era de possibilidades infinitas. A expectativa era de uma goleada contundente, a classificação seria assegurada em casa, e o título parecia uma questão de tempo. Era como se, na manhã seguinte, sua mãe fosse lhe contar que seu verdadeiro pai biológico era um bilionário árabe que, além de possuir um time de futebol, desejava que você jogasse com a camisa 10, enquanto quem não lhe passasse a bola enfrentaria consequências severas.

A responsabilidade do Flamengo

No entanto, não se pode ignorar a responsabilidade do Flamengo pelo que aconteceu a seguir, que levou ao fim desse sonho e à extinção daquela ilusão de um jogo fácil. A equipe rubro-negra cometeu erros que não deveria ter cometido. Durante o jogo, muitos gols foram perdidos, e inúmeras chances foram desperdiçadas. Uma vez mais, Filipe Luís pareceu agir como uma criança que tenta andar de bicicleta sem usar as mãos, tentando nos convencer de que o Flamengo poderia se manter competitivo em campo sem a presença de um jogador de ataque que possua raciocínio. Permitir que Allan participasse do jogo é tão seguro quanto deixar o arsenal nuclear russo nas mãos do ex-BBB Davi Brito. Além disso, a substituição de Arrascaeta, sem a entrada de um meia no seu lugar, deixou a equipe cheia de jogadores que correm e brigam, mas que carecem da capacidade de segurar a bola e articular jogadas de ataque.

A atuação da arbitragem

Apesar da parcela de culpa que cabe ao Flamengo, é difícil negar o espetáculo que foi a arbitragem de André Rojas. A sua atuação pode ser considerada uma das mais ousadas e impressionantes de um artista colombiano no Brasil, talvez desde a última turnê da cantora Shakira. A diferença é que, provavelmente, a cantora ignorou menos regras do futebol profissional durante sua apresentação. Durante a partida, ocorreram pênaltis que não foram marcados, faltas que foram invertidas, expulsões equivocadas e gols que, possivelmente, deveriam ter sido anulados. Essa situação foi ainda mais exacerbada pela autossuficiência injustificada do árbitro, que não recorreu ao VAR mesmo em jogadas nas quais essa decisão poderia ter feito uma grande diferença.

O resultado do confronto

A combinação dos erros cometidos pelo Flamengo, aliada à forte influência da arbitragem, transformou uma noite que tinha tudo para resultar em uma goleada rubro-negra em uma vitória suada. Essa situação deixou o cenário absolutamente em aberto para o jogo de volta que ocorrerá na Argentina, além de aumentar a pressão sobre a equipe rubro-negra para o clássico deste fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro.

Possibilidades futuras

A classificação em La Plata é, sem dúvida, uma possibilidade real. No entanto, a situação poderia estar muito mais favorável, e o Flamengo deveria estar em uma condição bem menos preocupante. Agora, resta à equipe buscar não apenas uma vitória consistente no Brasileirão, mas também ao menos um empate na próxima semana, de modo a garantir a vaga nas semifinais. A qualidade necessária para isso está presente, e se o time jogar conforme seu potencial, nem mesmo a arbitragem conseguirá obstruir seu caminho.

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