Debate sobre a Liga Brasileira de Futebol
A afirmação de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sobre a possibilidade de criar uma liga brasileira sem a participação do Flamengo, foi contestada pelo jornalista Celso Unzelte durante sua participação na "ESPN". Unzelte enfatizou a importância do Flamengo para o cenário esportivo brasileiro e fez uma análise histórica sobre as tentativas de formação de ligas no futebol nacional.
Histórico das Tentativas de Criação de Liga
Celso Unzelte iniciou sua análise destacando que o debate sobre a criação de uma liga no futebol brasileiro é uma questão discutida desde a década de 1980. Ele observou que, ao longo desse período, pouco progresso foi feito em relação ao entendimento entre os clubes. As rivalidades têm frequentemente dominado as discussões, o que impede que se chegue a um consenso. Neste contexto, o Flamengo manifestou sua insatisfação com um acordo que não foi aprovado e recorreu à Justiça, evidenciando sua posição de descontentamento.
"Em casa que falta pão, todo mundo briga e não tem razão. O Flamengo é só o vilão da vez, tá? A primeira vez que tentaram fazer liga foi em 1987, no Clube dos Treze. Em uma reunião, Vicente Mateus [ex-presidente do Corinthians] afirmou que o que era bom para o São Paulo não poderia ser bom para o Corinthians", relembrou Unzelte.
A Posição do Flamengo
Embora Unzelte não tenha tomado partido na discussão, ele reconheceu que o Flamengo tem fundamentos válidos para reivindicar seus direitos. Ele enfatizou que a lógica que se aplica ao clube carioca também se estende a outras equipes, incluindo o Palmeiras de Leila Pereira, além de São Paulo, Corinthians e Vasco.
"Liga: o nome já está dizendo, tem que dar liga. E não existe esse negócio de duas ligas. Quem tem duas ligas não tem liga nenhuma, certo? Então, está errado o Flamengo em endurecer tanto essa questão. [Mas] ele tem razão. O Flamengo tem que ter, proporcionalmente, mais que os outros. Assim como Corinthians, São Paulo, Vasco, Palmeiras", afirmou.
Críticas à Falta de Consenso
O jornalista também criticou a ausência de um entendimento entre os clubes, que, até o momento, não conseguiram chegar a um acordo sobre a distribuição de receitas provenientes da audiência. Unzelte reiterou que a declaração de Leila Pereira sobre a criação de uma liga sem o Flamengo é problemática.
"Agora, tem que ter um limite. Tem que ter um mínimo, para o negócio do futebol não perder. É isso que não entra na cabeça dessa gente — nem do Flamengo, nem da Leila. Porque a Leila está certa de reagir, mas o argumento dela é o mesmo argumento do Flamengo: uma liga sem o Flamengo seria uma aberração, um tiro no pé, rasgar dinheiro", argumentou.
A Visão de Celso Unzelte sobre Leila Pereira
Unzelte concluiu suas observações afirmando que Leila Pereira deveria ser a primeira a se opor a um projeto que não contasse com o Flamengo, uma vez que isso poderia resultar em uma queda de rentabilidade para todos os clubes envolvidos. Ele sugeriu que, por ser uma empresária com interesses em diversas áreas fora do futebol, Leila deveria abordar a questão de maneira mais profissional.
"Quando essa gente vai parar de rasgar dinheiro? Aliás, a Leila seria a pessoa ideal para ensinar a não rasgar dinheiro, porque ela é quem mais tem dinheiro. E nos outros negócios dela, com certeza, ela trata de uma maneira mais profissional", completou Celso Unzelte.
Próximos Compromissos do Flamengo
Enquanto as discussões em torno da Libra e da divisão de receitas continuam, o Flamengo volta sua atenção para o próximo jogo no Campeonato Brasileiro, onde enfrentará o Cruzeiro. A partida está marcada para esta quinta-feira, e o Rubro-Negro, que atualmente lidera a competição, buscará ampliar sua vantagem na tabela. O jogo terá início às 20h30, no horário de Brasília.
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