O clássico entre Vasco e Flamengo está agendado para este sábado, às 18h30, no icônico Maracanã. Um fato curioso é que, apesar de ser um jogo no qual o Vasco possui o mando, a partida ocorrerá no estádio por conta de um acordo recente firmado entre os clubes, permitindo ao Vasco utilizar o Maracanã para suas partidas.
Com São Januário fora de uso, o Vasco optou por negociar com o consórcio que administra o Maracanã. O objetivo é operar seus jogos em melhores condições financeiras, pagando o mesmo valor de aluguel que Flamengo e Fluminense. Essa mudança foi motivada principalmente pela possibilidade de aumentar as receitas do clube, mas a decisão apresenta desafios significativos.
O contrato que o Vasco firmou lhe concede a prerrogativa de definir a capacidade de público para os jogos que realizará no Maracanã. Para este confronto, o clube apostou em um grande público, esperando contar com uma presença expressiva de torcedores.
Entretanto, a realidade encontrada nas vendas de ingressos não tem sido das mais animadoras. Até a véspera do clássico, a quantidade de bilhetes vendidos não ultrapassou 30 mil. Essa situação é uma repetição de um desafio já conhecido pelo clube: os altos custos operacionais envolvidos na realização de partidas no Maracanã.
Para este duelo, o Vasco enfrenta a limitação de não poder escolher seus fornecedores de serviços, como segurança, limpeza e orientação. Todos esses serviços são geridos pelo consórcio que administra o estádio, e os preços são fixados sem consulta prévia ao clube mandante.
As empresas responsáveis pelos serviços foram selecionadas por Flamengo e Fluminense, e o consórcio exige o uso dessas empresas para garantir a responsabilidade em caso de problemas. Contudo, a utilização total do efetivo não é obrigatória, o que gera uma certa flexibilidade para o Vasco.
Inicialmente, o Vasco havia planejado uma carga total de 68 mil ingressos para o clássico. Contudo, após avaliar a situação, o clube decidiu limitar o número, fechando o setor leste superior e reduzindo a capacidade para menos de 60 mil. Essa decisão foi tomada sem uma consulta prévia sobre os custos relacionados aos serviços, o que pode ter contribuído para a dificuldade na venda de ingressos.
Apesar das vendas aquém do esperado, a diretoria do Vasco acredita que o evento será rentável e que não resultará em prejuízo. A dúvida que paira é sobre a quantidade de torcedores vascaínos em comparação aos flamenguistas que comparecerão ao jogo.
Uma fonte próxima à operação do evento declarou: "Não é que a conta ficou cara, é que o torcedor não veio". Com a baixa demanda, os setores Norte e Sul ainda apresentam ingressos disponíveis, e as vendas nas áreas mistas estão sendo divididas. Além disso, existem quatro camarotes que ainda precisam ser preenchidos.
Em um momento de reconsideração, o Vasco chegou a pensar em abrir o setor leste superior, mas, percebendo que a procura não seria suficiente, optou por fechá-lo novamente. No contrato com o consórcio, o clube mandante tem a autonomia de escolher a escala da operação.
O Maracanã, por sua vez, tem a responsabilidade de indicar o efetivo necessário e os custos envolvidos. Para Flamengo e Fluminense, o procedimento é o mesmo. O único valor fixo que o Vasco terá que arcar é o aluguel do estádio, que está estipulado em R$ 250 mil.
Diante desse cenário, o clássico promete ser não apenas um confronto esportivo, mas também um teste para a capacidade de gestão e adaptação do Vasco em um ambiente tão desafiador como o Maracanã. Com o apito inicial se aproximando, as expectativas estão altas, mas as incertezas também são palpáveis.
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