Multa do Flamengo por Irregularidades na Gávea
O Flamengo recebeu uma multa do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em decorrência de irregularidades relacionadas ao despejo de esgoto nas galerias de águas pluviais do clube. O valor da autuação foi de R$ 902.183,30.
Notificações e Vistorias
Desde 2022, o clube já recebeu quatro notificações para regularizar o despejo de esgoto na Lagoa Rodrigo de Freitas. Na última vistoria realizada, técnicos do Inea identificaram altos níveis de amônia, que indicam a presença de esgoto sanitário. Um funcionário do Flamengo informou que as antigas tubulações podem ter contribuído para a contaminação.
A concessionária Águas do Rio comunicou que o problema foi regularizado em maio deste ano. Apesar da regularização, a multa permanece válida e o clube tem um prazo de 15 dias para apresentar defesa ou recurso.
Detalhes da Irregularidade
O despejo irregular estava vinculado a quatro galerias de águas pluviais sob a responsabilidade do Flamengo. Segundo o Inea, a multa foi elevada devido ao grande volume de esgoto e ao impacto gerado em área urbana. A infração está prevista na Lei Estadual 3.467/00, que visa proteger o meio ambiente de poluição significativa.
A presença de amônia nas galerias despertou a atenção dos técnicos, já que a substância é um indicador de esgoto. O oceanógrafo Renato Carreira destacou que níveis altos de amônia podem levar ao crescimento excessivo de plantas e algas, prejudicando o ecossistema e aumentando os riscos de poluição para os moradores da região.
Declaração do Flamengo
O Flamengo declarou que o problema já foi solucionado e, portanto, não irá comentar sobre os detalhes da situação. O gerente da Gávea mencionou que as tubulações antigas podem ter contribuído para a irregularidade e que uma solução definitiva exigiria uma ação conjunta entre o clube, a Prefeitura do Rio e a concessionária de abastecimento.
A Águas do Rio afirmou que, desde a revitalização das elevatórias nas proximidades, mais de cinco milhões de litros de esgoto deixaram de ser despejados na lagoa. Em 2025, foram registradas 34 irregularidades de despejo, em comparação com 109 em 2024, indicando uma melhora parcial no monitoramento ambiental.